domingo, 25 de abril de 2010

Esse foi enviado por Akvan P. Belo

Seguindo no vazio

Se caminho
sem ter por onde andar
Sozinho
Qualquer canto é meu lugar

Pessoas falam coisas que não entendo
Chamam meu nome
Não sei quem sou
Mas eu atendo

Murmurram
fazem briga por nada
Querem coisas de mais
Eu não escuto
fico mudo
Sigo a estrada

Debaixo da sombra de uma arvore
Sinto bem
A lembrança ascende uma marca
no peito um risco de faca
Arde a falta que faz alguém

Coração defunto o meu
Frio
Fede a alma de quem já morreu
sete palmos o fazem distante de tudo
Se não me mata o escuro
me mata eu

2 comentários:

  1. Muito bom mesmo...gostei pakas...pode mandar sempre que tiver um, velho...

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  2. Baralho! As palavras entram na carne como foices, dando ao leitor o gozo da dor do Escritor! E a este, nao devem ir os parabéns pela boa obra, mas as condolências pela própria alma que se esgota ao viver em um mundo que nao o seu....
    Ótimo texto Kavan!

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